Ministro da Guiné Equatorial compra mansão de U$ 35 mi nos EUA
Presidente Teodoro Obiang Nguema Mbasogo está no poder desde 1979
O filho do presidente da Guiné Equatorial pode ser investigado nos Estados Unidos por causa da aquisição de uma mansão por US$ 35 milhões (R$ 75 milhões).
Teodoro Nguema Obiang comprou a casa na exclusiva praia californiana de Malibu em fevereiro.
Como ministro do governo, o filho do presidente recebe US$ 60 mil por ano. A Guiné Equatorial é um dos países mais pobres do mundo e é considerada como um dos mais corruptos.
O país é o terceiro maior produtor de petróleo da África, arrecadando US$ 3 bilhões por ano com o produto, mas a maioria de sua população vive com apenas US$ 1 por dia.
Denúncia
A denúncia foi feita pelo grupo Global Witness, que faz campanha contra o uso de recursos originados do petróleo para financiar abusos, conflitos e corrupção. Eles querem que o governo americano investigue a fonte do dinheiro.
"Este caso pode ser um bom teste para a iniciativa", disse a ativista Sarah Wykes à agência de notícias Reuters.
A Global Witness disse que descobriu a aquisição da mansão verificando o registro público de Los Angeles.
A compra havia sido feita em nome da empresa Sweetwater Malibu, que pertence a Obiang.
O filho do presidente Obiang, que está no poder desde 1979, não respondeu as acusações.
1 comentário:
Nao podia deixar de publicar esta noticia que achei interessante e oportuno neste momento que se descute a questao boa governacao, como alternativa unica para combater a pobreza que assola o continente africano. Boa Governacao que se centra em tres eixos fundamentais: i) Melhorar a gestao dos recursos públicos, ii) a Transparencia e iii)Prestacao de contas.
Actualmente nos Países mais pobres, 1.300 milhoes de pessoas vivem com menos de um dolar por dia e 3000 milhoes, quase metade da populacao mundial, vive com menos de dois dolares por dia. Por isso a reducao do indice de pobreza no mundo foi declarado como um objectivo do milénio. Para alcanca-lo, todos os sectores da sociedade sao importantes, mas é ao Estado que cabe o papel preponderante e activo na definicao e implementacao de estrategias. Os Estados Africanos devem engajar-se seriamente na execucao de três medidas prioritarias e imperativas:
i) garantir espacos democraticos (DEMOCRATIZACAO);
ii) lutar pela distribuicao mais equitativa dos bens públicos (GESTAO);
iii)velar pela responsabilidade e transparencia (JUSTICA).
Enquanto os lideres africanos nao tomarem consciencia desses factos, nao assumirem um compromisso politico no sentido de alteracao do estado actual do continente e nao incrementarem accoes que levem a igualidade social, a melhoria da condicao de vida dos seus povos, continuar-se-a a assistir revoltas populares, guerras civis, golpes de Estado, enfim a desagregacao do Estado.
Pese embora o relatorio do Banco Mundial aponta para um crescimento economico saudável em algumas regioes da Africa, onde pelo menos 16 Países mantem o nivel de crescimento de mais de 4,5%/ano, e de que ha sinais de que lideres africanos estao assumindo mais responsabilidade sobre melhorias em governacao e gestao dos recursos naturais, ainda ha Políticos e Governantes que seguem ignorando as metas de progresso assumidas em Nova-York em 2000. Infelizmente a maioria dos Estados africanos continuam a ser Governados por pessoas insenciveis e irresponsaveis, que fomentam a corrupcao e a injustica, espalham a pobreza e a desgraca. Aqueles como Teodoro Obiang Nguema, que 30 anos de poder nao serviu senao para assassinar, roubar, pilhar e desgovernar a Guiné-Equatorial. Como ele, infelizmente, a Africa ainda tem muitos; aqueles que a todo o custo querem perpectuar-se no poder com o unico objectivo " SEMEAR A DESGRACA"
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