sexta-feira, novembro 10, 2006

Mesa redonda de Suiça a favor da Guiné-Bissau



Bissau, Guiné-Bissau, 09 Nov - Portugal adicionou um milhão de dólares aos nove milhões anunciados terça-feira, na reunião de doadores da Guiné-Bissau, em Genebra, disse à agência noticiosa portuguesa o secretário de Estado da Cooperação.João Gomes Cravinho adiantou que o milhão de dólares adicional destina-se a apoiar o Orçamento Geral do Estado da Guiné-Bissau para 2006, nomeadamente para o pagamento de salários.Na reunião de Genebra, os doadores da Guiné-Bissau disponibilizaram 262,5 milhões de dólares, no quadro dos projectos de d esenvolvimento do país.Contactada a partir de Bissau, por telefone, fonte do executivo guineense disse que o défice orçamental para 2006 foi fechado e o de 2007 está em vias de o ser também, abrindo portas à negociação de um programa pós-conflito com o Fundo Monetário Internacional (FMI).Segundo a fonte, os doadores, entre eles Portugal, ficam agora a aguardar uma política de boa governação, para que possam desbloquear, mais tarde, os restantes 178,5 milhões de dólares para programas de desenvolvimento e para a reforma do sector da Defesa e Segurança.Quanto ao défice do Orçamento Geral do Estado (OGE) para este ano, no valor de 14,8 milhões de dólares, está já coberto, afirmou.Em relação ao défice referente ao OGE para 2007, o governo guineense conseguiu receber garantias financeiras no montante de 14,7 milhões de dólares, devendo os restantes 10,1 milhões de dólares serem assegurados em breve.A Guiné-Bissau deixou de ter contacto com os doadores internacionais em 2001, devido ao incumprimento das metas traçadas pelas organizações financeiras mundiais a 04 de Maio de 1999, também em Genebra, três dias antes do final do conflito militar que depôs o regime de João Bernardo "Nino" Vieira, hoje novamente presidente do país.Na cidade suíça, a Guiné-Bissau apresentou dois documentos estratégicos chave para suprir as necessidades do país, quer em termos de estabilização macro-económica, quer para o saneamento das Finanças Públicas, quer para o Programa Trienal de Investimentos e quer ainda para a reforma e modernização das forças de defesa e segurança.No global, o financiamento dos dois documentos ascendia a 441 milhões de dólares, a que se juntava os défices orçamentais de 2006 e 2007, no valor de 40,6 milhões de dólares.

Fonte:macauhub

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