sexta-feira, maio 28, 2010

Guine-Bissau e o unico entre os Paises Lusofonos com crescimento economico abaixo da media prevista para o Continente



O crescimento económico previsto, para este ano, em Angola é de 7,4 por cento, refere o relatório anual da ONU de Perspectivas Económicas Africanas, revelado, na segunda-feira, em Abidjan. 
O documento sublinha que os países lusófonos de África, mesmo os mais frágeis, como a Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, resistiram à crise global, mas precisam de “reformas urgentes” para estimularem as economias, refere o relatório anual de Perspectivas Económicas Africanas, revelado, na segunda-feira, em Abidjan. 
O diagnóstico é do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e da Comissão Económica para África da ONU. 
A estimativa para este ano é de retoma do crescimento económico para os países lusófonos de África, todos eles com níveis acima dos alcançados em 2009: Angola, 7,4 por cento, Cabo Verde, 5,1 por cento, Guiné-Bissau, 3,4 por cento, Moçambique, 5,1 por cento, e São Tomé e Príncipe 4,6 por cento.
Estes valores mostram que todos os países africanos lusófonos, à excepção da Guiné-Bissau, crescem acima da média prevista para o continente, 4,5 por cento. 
O continente vai registar, este ano, no seu todo, uma retoma no crescimento do PIB para 4,5 por cento, mas o período de grave crise económica global torna difícil aos países africanos alcançarem os Objectivos do Milénio das Nações Unidas estabelecidos para daqui a cinco anos. 
O continente reagiu melhor do que se pensava à crise, mas as marcas vão permanecer, avisaram economistas internacionais, refere o documento.

sexta-feira, maio 21, 2010

Defendida maior inserção de África na economia mundial



Luanda - O reitor da Universidade Lusíada de Angola, Mário Pinto de Andrade, defendeu hoje a necessidade de uma maior inserção do continente africano na economia mundial, pois representa cerca de 12 porcento da população mundial (900 milhões de habitantes).

 
O responsável, que falava durante a conferência comemorativa ao Dia de África, acrescentou que, apesar dos dados acima referenciados, o continente representa apenas um porcento do PIB mundial, igual percentagem de investimento directo estrangeiro e dois a três porcento do comércio mundial.

“Passaram-se oito anos desde a criação da União Africana, conseguiu-se acabar com o Apartheid, falta apenas uma maior inserção económica a nível mundial”, disse.

 
Ainda assim, informou que é o continente com a taxa de crescimento populacional mais rápida e com uma taxa de mortalidade infantil igualmente elevada.

 
Por outro lado, disse, num total de 48 países mais pobres a nível mundial, 33 são africanos e 32 países com índice de desenvolvimento humano baixo e num total de 42 milhões de pessoas infectadas com vírus HIV, cerca de 20 milhões são africanas, assim como 70 porcento da população africana activa está envolvida na economia informal.

 
Para o professor universitário, os líderes africanos estão preocupados com o combate à pobreza, com a boa governação, poder e uma melhor estratégia para o desenvolvimento do continente.

 
Apesar das várias dificuldades que ainda enfrenta, África de 2009 a 2010 registou a existência de conflitos na Guiné-Bissau, Guiné-Conacri, no Zimbabwé, golpe de estado na Mauritânia, conflito no Sudão e no Madagáscar, entre outros, apesar disso vimos também a consolidação com eleições em vários países do continente, como Gabão, Sudão, Ilhas Maurícias, considerou.

 
Para finalizar, Mário Pinto de Andrade frisou que o continente, apesar de todas as vicissitudes, hoje é mais respeitado a nível internacional e vê-se agora países como Angola, África do Sul , Nigéria, Ghana e Egipto a participarem na cimeira do G8 e G20 como reconhecimento dos esforços económicos e sociais que estes países estão a fazer, no sentido das suas economias serem mais competitivas a nível internacional.


Anualmente a Universidade Lusíada de Angola realiza a reflexão sobre o continente africano, no âmbito da comemoração do 25 de Maio, dia de África.

Fonte: angop

quinta-feira, maio 20, 2010

Desemprego é o maior desafio à economia africana, diz ONU


A economia africana vai registrar uma recuperação visível em 2010, apesar da alta taxa de desemprego, afirmou ontem (18) um relatório da ONU sobre a economia do continente.
Segundo o documento intitulado "Relatório sobre a Economia Africana em 2010", emitido pela Comissão Econômica para África (UNECA, na sigla em inglês), a economia do bloco deve registrar este ano um crescimento de 4,8% graças à revitalização da economia global.
No entanto, a alta taxa de desemprego do continente será mantida mesmo no período de desenvolvimento acelerado, afirmou a UNECA, que apontou ainda o aumento excessivo da população como uma das causas do problema.
O relatório sugere aos países africanos que desenvolvam suas economias de forma diversificada, através da transformação do modelo de crescimento econômico, hoje muito dependente da exploração dos recursos naturais.

Fonte: CRI Online



Banco Africano de Desenvolvimento apoia Orçamento de Estado da Guiné-Bissau



Bissau, Guiné-Bissau, 19 Mai - O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) atribuiu um financiamento de 8,5 milhões de dólares para apoio ao Orçamento de Estado da Guiné-Bissau, nos termos de um acordo terça-feira assinado em Bissau.

A ministra da Economia, Helena Embló, adiantou que o financiamento vai permitir ao governo do país avançar nas reformas estruturais, em particular no domínio das finanças públicas, a fim de "podermos vir a beneficiar da redução em 80 por cento da nossa dívida externa".

Presentes na cerimónia de entrega do apoio financeiro estiveram também o embaixador de Portugal, António Ricoca Freire, o representante da União Europeia, Franco Nulli, e a representante do Programa da ONU para o Desenvolvimento na Guiné-Bissau, Giuseppina Mazza.

O governo da Guiné-Bissau precisa de realizar uma série de reformas a nível económico para para poder vir a beneficiar do perdão de cerca de 80 por cento da sua dívida externa, actualmente estimada em cerca de 1100 milhões de dólares. 



Fonte: MacauHub


segunda-feira, maio 10, 2010

África quer mudar de estratégia agrícola



A 20ª reunião do Fórum Económico Mundial (FEM) sobre África terminou no fim de semana em Dar es-Salaam, na Tanzânia, com o compromisso dos participantes de continuar a reflexão para soluções comuns às dificuldades da agricultura no continente.

Componente essencial da economia africana, o setor agrícola é fornecedor de 70 porcento dos empregos em países africanos como a Tanzânia.

Mas, as mudanças climáticas poderão reduzir em 25 porcento a produção agrícola nos próximos anos, "ameaçando igualmente a segurança alimentar e os eventuais rendimentos no plano económico".

"Não acredito na necessidade de cada país ter uma nova abordagem sobre a agricultura", declarou o Vice-Primeiro-Ministro do Zimbabwe, Arthur Mutambra, que questionou o que os países africanos conseguiram fazer das suas visões anteriores.

Para melhorar o perfil da sua agricultura, Mutambra considera que os blocos económicos regionais como a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) deverão estudar as suas visões regionais respetivas para permitir à agricultura ocupar um lugar de eleição tanto na vida das populações como na economia em geral.

O continente africano está confrontado com uma necessidade mais urgente de modernizar as suas políticas agrícolas, tendo em conta a explosão demográfica que ela regista, declararam os participantes no FEM.

Explicando as razões do atraso do desenvolvimento agrícola na Etiópia numa altura em que a maior parte da sua população sobrevive graças à ajuda humanitária, o primeiro-ministro, Meles Zenawi, admitiu que o espetro persistente da fome no seu país constitui "um dilema".

A Etiópia conheceu uma grande fome que, conduziu ao derrube, em 1975, do regime do imperador Haile Selassie e uma outra combinada com uma seca que assolou o país em 1984/85 sob o regime ditatorial do coronel Mengistu Haile Mariam.

Meles declarou que, desde a sua ascensão ao poder depois de derrubar o regime de Mengistu, em 1991, "o seu Governo tem conseguido dar uma assistência alimentar às populações confrontadas com um problema de sobrevivência".

A propriedade e a disponibilidade das terras são os factores essenciais que podem fazer da agricultura um motor do desenvolvimento em África. Na Etiópia, as terras foram nacionalizadas e distribuídas aos camponeses em 1985.

O contrato de cessão de terras não impediu os camponeses na Etiópia de dobrar todos os 10 anos a sua produção alimentar, mas a desnutrição e a insegurança alimentar ameaçam a população.

"Nos últimos 18 anos, surgiram pelo menos 30 milhões de pessoas suplementares por alimentar. Mas não devemos limitar os nossos nascimentos", declarou Meles.

Segundo o Presidente da Tanzânia, Jakaya Mrisho Kikwete, anfitrião este ano da reunião do FEM, o maior problema de África é a falta de meios.

Os participantes no FEM indicaram que os camponeses necessitaram de ajuda para transformar, para o seu consumo, os produtos da sua colheita dos quais eles conhecem o valor nutritivo.

Além disso, a tecnologia vai tornar a agricultura mais atrativa para os jovens que representam 60 porcento da população em África mas não está interessada por esta atividade que eles julgam aborrecida.



Fonte: Panapress

FMI aprova apoio financeiro à Guiné-Bissau



Washington, Estados Unidos da América, 10 Mai - O Fundo Monetário Internacional aprovou sexta-feira um apoio de 33,3 milhões de dólares ao programa económico do governo da Guiné-Bissau para os próximos três anos, que, se tiver sucesso, significará um perdão de dívida.

A administração do FMI, reunida em Washington, aprovou ainda o pagamento de uma segunda fatia de ajuda, no valor de 1,5 milhões de dólares, ao abrigo do programa de apoio a países altamente endividados (HIPC), refere a instituição financeira em comunicado divulgado na sua página electrónica.

A aprovação do programa de apoio, designado ECF, estava prevista para o início de Abril, mas foi adiada devido à desestabilização política registada naquela data em Bissau, com a detenção de alguns militares e políticos.

No âmbito do programa, o governo prevê reformas na administração pública, no sector da defesa e segurança e na criação de melhorias de investimento para o sector privado.

Na nota hoje divulgada, o FMI sublinha que um desempenho satisfatório “pode abrir o caminho ao alívio da dívida até ao final do ano”.

A dívida externa da Guiné-Bissau está calculada em mais de 1,5 mil milhões de dólares e desde 2001 que o país tem tentando, sem êxito, cumprir com os critérios para que possa beneficiar de um perdão.



Fonte: MacauHub

quinta-feira, maio 06, 2010

Começa em Dar-es-Salam o Fórum Económico para África



A reunião, que visa apresentar alternativas para relançar a economia africana no período pós-crise financeira, será aberta pelo chefe do Estado tanzaniano .
Dar-es-Salam - O vigésimo Fórum Económico Mundial para África, reunindo mais de 1000 participantes oriundos de pelo menos 85 países, entre chefes de Estado e de Governo, académicos, homens de negócios e representantes da sociedade civil, começa nesta quarta-feira (5), em Dar-es-Salam, capital da Tanzânia.

A reunião, que visa apresentar alternativas para relançar a economia africana no período pós-crise financeira, será aberta pelo chefe do Estado tanzaniano e presidente em exercício da União Africana (UA), Jakaya Mrisho Kikwete.

Vários chefes de Estado e de Governo de África confirmaram a sua participação no Fórum, nomeadamente os presidentes Armando Guebuza, de Moçambique, Paul Kagame, do Rwanda, Ali Ben Bongo Ondimba, do Gabão, Hifikepunye Pohamba, da Namíbia, Jacob Zuma, da África do Sul, e Boni Yayi, do Benin. São esperados também os primeiros-ministros Raila Amolo Odinga, do Quénia, Morgan Tsvangirai, do Zimbabwe, e Meles Zenawi, da Etiópia.