sexta-feira, maio 21, 2010

Defendida maior inserção de África na economia mundial



Luanda - O reitor da Universidade Lusíada de Angola, Mário Pinto de Andrade, defendeu hoje a necessidade de uma maior inserção do continente africano na economia mundial, pois representa cerca de 12 porcento da população mundial (900 milhões de habitantes).

 
O responsável, que falava durante a conferência comemorativa ao Dia de África, acrescentou que, apesar dos dados acima referenciados, o continente representa apenas um porcento do PIB mundial, igual percentagem de investimento directo estrangeiro e dois a três porcento do comércio mundial.

“Passaram-se oito anos desde a criação da União Africana, conseguiu-se acabar com o Apartheid, falta apenas uma maior inserção económica a nível mundial”, disse.

 
Ainda assim, informou que é o continente com a taxa de crescimento populacional mais rápida e com uma taxa de mortalidade infantil igualmente elevada.

 
Por outro lado, disse, num total de 48 países mais pobres a nível mundial, 33 são africanos e 32 países com índice de desenvolvimento humano baixo e num total de 42 milhões de pessoas infectadas com vírus HIV, cerca de 20 milhões são africanas, assim como 70 porcento da população africana activa está envolvida na economia informal.

 
Para o professor universitário, os líderes africanos estão preocupados com o combate à pobreza, com a boa governação, poder e uma melhor estratégia para o desenvolvimento do continente.

 
Apesar das várias dificuldades que ainda enfrenta, África de 2009 a 2010 registou a existência de conflitos na Guiné-Bissau, Guiné-Conacri, no Zimbabwé, golpe de estado na Mauritânia, conflito no Sudão e no Madagáscar, entre outros, apesar disso vimos também a consolidação com eleições em vários países do continente, como Gabão, Sudão, Ilhas Maurícias, considerou.

 
Para finalizar, Mário Pinto de Andrade frisou que o continente, apesar de todas as vicissitudes, hoje é mais respeitado a nível internacional e vê-se agora países como Angola, África do Sul , Nigéria, Ghana e Egipto a participarem na cimeira do G8 e G20 como reconhecimento dos esforços económicos e sociais que estes países estão a fazer, no sentido das suas economias serem mais competitivas a nível internacional.


Anualmente a Universidade Lusíada de Angola realiza a reflexão sobre o continente africano, no âmbito da comemoração do 25 de Maio, dia de África.

Fonte: angop

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