terça-feira, setembro 22, 2009

Angola pode retomar projectos com Guiné Bissau

Luanda - O analista de política internacional Belarmino Van-Dúnem disse hoje, segunda-feira em Luanda que, com a reposição da normalidade constituicional na Guiné Bissau, Angola, irá retomar os projectos e todo o processo da cooperação bilateral, numa alusão às declarações do primeiro vice-presidente da Assembleia nacional, João Lourenço, proferidas em Bissau.



O especialista, que falava em exclusivo à Angop, acrescentou que João Lourenço, que representou o Chefe de Estado angolano na
cerimónia de investidura do novo presidente da Guiné Bissau, fez um trabalho de rastreio de se tomar nota.




Segundo ele, não só teve encontros com as autoridades oficiais, mas também com os líderes da oposição com o objectivo de
auscultá-los.



Para Belarmino Van-Dúnen, essa é uma nota positiva, primeiro pela forma isenta como as auscultações foram feitas às autoridades oficiais que estão no poder e ao presidente vencedor e empossado, mas também aos líderes da oposição para se obter um "barómetro! daquilo que se está a passar e qual é a intenção destas.



O analista citou o líder do PRS, Kumba Yalá, como tendo dito que o investimento com Angola é e essencial e a cooperação com este
país é estratégica.



Do ponto de vista bilateral, afirmou, Angola, está a cumprir com o seu papel, lembrando os bons ofícios que o actual enviado especial da União africana para a Guiné Bissau, João Miranda, tem vindo a oferecer àquele país.



Além de cooperação bilateral, a empresa Angola Bauxite Guiné Bissau está envolvida da pesquisa daquele mineiro, preconizando construir um porto mineiro naquele país.



Situada na costa ocidental de África, a Guiné Bissau, tornou-se independente do jugo colonial português em 24 de Setembro de 1973.



Com uma população estimada em 860 mil habitantes (dados do último censo), é limitada a norte com o Senegal, a Leste e a Sul
com a Guiné Conacry, a Oeste e sudeste com o oceano Atlântico.

China concede à Guiné-Bissau cerca de sete milhões de euros em assistência financeira e alimentar [ 2009-09-22

Bissau, Guiné-Bissau, 22 Set - O ministro-adjunto dos Negócios Estrangeiros da China, Xhai Jun anunciou segunda-feira em Bissau a concessão de um apoio financeiro à Guiné Bissau da ordem dos 5,9 milhões de euros.

O dirigente chinês assinou com o ministro da Defesa da Guiné-Bissau, Artur Silva documentos de cooperação técnica, assistência alimentar e financeira.

A assistência alimentar dada pelo Governo chinês à Guiné-Bissau está orçada em 998 mil euros

O ministro chinês garantiu que o governo da China deseja desenvolver e reforçar cada vez mais as relações de cooperação bilateral.

O ministro da Defesa guineense pediu apoio ao Governo chinês para a “construção da cidade judiciária, cujo projecto técnico se encontra em fase de finalização, assim como a recuperação do Palácio Presidencial, destruído durante o conflito político-militar de 1998”.

O ministro-adjunto chinês durante a estada em Bissau visitou as obras, financiadas por Pequim, do Palácio do Governo e do Hospital Militar.

Na Guiné-Bissau, a cooperação chinesa incide principalmente na construção de várias infra-estruturas e nas pescas.

Depois de Bissau Zhai Jun visita Cabo Verde.(macauhub)

quarta-feira, setembro 02, 2009

Governo da Guine-Bissau vai pagar a divida de $ 50 milhoes de USD ao Sector Privado

O Governo da Guiné-Bissau vai pagar a dívida de 50 milhões de dólares (35,1 milhões de euros) que o Estado tem para com o sector privado local em consequência de prejuízos da guerra civil de 1998/99.
Segundo Braima Camará, presidente da Câmara do Comércio, Indústria e Agricultura (CCIA), a garantia do pagamento do chamado "prejuízo da guerra" foi-lhe transmitida pelo próprio primeiro-ministro guineense, Carlos Gomes Júnior, com quem teve uma audiência de trabalho.

Braima Camará entregou a Carlos Gomes Júnior um memorando contendo a preocupação do sector privado guineense, no qual o pagamento do "prejuízo da guerra" consta entre os principais pontos estratégicos para o relançamento da actividade empresarial na Guiné-Bissau.

"Este documento espelha todas as preocupações do sector privado nacional. O documento contém a nossa visão para o relançamento do sector privado e dar uma nova dinâmica no quadro da parceria pública e privada", diz Braima Camará.
Falando do memorando de entendimento entregue ao primeiro-ministro, o presidente da Câmara de Comércio, Indústria e Agricultura explica que assenta em três pilares fundamentais, nomeadamente a criação de um conselho de concertação entre Governo e o sector privado, o pagamento da dívida "prejuízo da guerra" e o respeito escrupuloso dos critérios de convergência da UEMOA (União Económica e Monetária da África Ocidental).

A UEMOA é uma organização sub-regional da qual faz parte a Guiné-Bissau, cujos critérios de convergência reservam directrizes que concedem facilidades aos empresários, mas que o presidente da Câmara do Comércio guineense entende não estarem a ser respeitados.
"Caso estas medidas sejam tomadas e a dívida regularizada, o país vai ter condições para a retoma da sua actividade económica", defende Braima Camará, sublinhando acreditar nas garantias do primeiro-ministro. "Recebi garantias de um total acolhimento das nossas ideias. (O primeiro-ministro) antes de ser político é um grande empresário guineense e conhece os problemas que o sector privado enfrenta", nota Braima Camará.

O responsável adianta ainda ter recebido indicações de Carlos Gomes Júnior para a cedência, pelo Governo, de um imóvel do Estado para a instalação da sede da CCIA e uma possível transformação desta entidade numa instituição de utilidade pública.

Diário Digital / Lusa