terça-feira, dezembro 19, 2006

BAnco Mundial cancelou toda a ajuda financeira a Guiné-Bissau



O Banco Mundial (BM) cancelou toda a ajuda e assistência financeira à Guiné-Bissau, na sequência de alegadas irregularidades do governo guineense na execução de projectos de cooperação e por actuar à margem da transparência e boa governação.




A decisão está contida numa carta, a que a Agência Lusa teve hoje acesso, enviada a 14 deste mês ao primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes, pelo responsável do Banco Mundial para a Guiné-Bissau, Cabo Verde, Senegal, Gâmbia e Níger, Madani Tall.

Na missiva, o Banco Mundial adianta ter já avisado o Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a sua decisão e lembra que a medida «pode afectar» os financiamentos de outras instituições e parceiros internacionais.

Em causa poderão ficar os financiamentos do Banco Africano de Apoio ao Desenvolvimento (BOAD) e do seu principal parceiro da cooperação, a União Europeia (UE), bem como o apoio orçamental de 10 milhões de dólares (7,7 milhões de euros) previsto para este ano.

A 5 deste mês, cerca de quatro semanas depois da mesa-redonda de doadores, que decorreu em Genebra, o Banco Mundial já tinha ameaçado cancelar todos os apoios e programas na Guiné-Bissau, caso o governo de Aristides Gomes persistisse em actuar à margem da «transparência e da boa governação», factores exigidos para o desbloqueamento de fundos financeiros ao país.

Ninguém do governo guineense, apesar das várias tentativas feitas pela Lusa, se mostrou até agora disponível para comentar a decisão do Banco Mundial, que vai afectar ainda a negociação de um programa de pós conflito com o Fundo Monetário Internacional (FMI), conversações que deveriam começar já em Janeiro de 2007.

Por outro lado, o Governo guineense continua sem conseguir pagar os salários em atraso, nalguns casos de quatro meses, na Função Pública, o que motivou a realização de duas greves gerais de três dias este mês.

Guiné-Bissau prepara remodelacao do Governo




Bissau - O Governo guineense, liderado por Aristide Gomes, está a preparar uma «remodelação profunda» dos seus membros, com o objectivo de ultrapassar a crise política e social em que o país se encontra, noticia a Agência Bissau.
Os analistas políticos adiantam que a remodelação deverá afectar o ministro das Finanças, Victor Mandinga, alvo de diversas críticas e opositor das medidas de recuperação financeiras traçadas pelo Banco Mundial.A pasta das Finanças deverá posteriormente ser integrada no Ministério da Economia, passando Issuf Sanha, quadro influente no que toca às negociações com a comunidade internacional, a assumir a respectiva pasta.Os cargos ocupados por representantes do Partido da Renovação Social (PRS) deverão permanecer inalterados, por forma a manter intacto o Fórum da Convergência para o Desenvolvimento (FCD), que serve de base ao actual Executivo.Depois de ter ameaçado abandonar o Governo, o PRS optou por manter-se fiel ao acordo que deu origem ao FCD, recusando negociar com o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) uma maioria parlamentar absoluta. Kumba Ialá congratulou-se com esta decisão do seu partido, escreve ainda a AB.
Fonte: Jornaldigital

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Banco Mundial anulou financiamento do projecto de reabilitacao de infra-estruturas na Guiné-Bissau



O Banco Mundial decidiu anular o financiamento do projecto multisectorial de reabilitação de infra- estruturas recentemente aprovado para a Guiné-Bissau, soube-se terça- feira em Bissau de fontes do Ministério da Economia.Numa carta enviada ao Governo bissau-guineense, o Banco Mundial indica que vai igualmente suspender até nova ordem uma ajuda orçamental de 10 miliões de dólares americanos destinada ao país.O Banco Mundial explica esta medida por "decisões do Governo de (primeiro-ministro) Aristides Gomes contrárias aos princípios de transparência e de boa governação"."O Conselho de Ministros de 31 de Outubro de 2006 tomou a decisão de cancelar o processo de aquisição dum sistema de produção energética duma capacidade de 15 megawatts através dum concurso internacional competitivo substituindo-o por um contrato negociado mas não competitivo de aquisição dum sistema de produção energética que tem uma capacidade de 10 megawatts apenas através do método de leasing", indica o Banco Mundial numa carta."As decisões tomadas pelo Governo de Bissau são contraditórias em relações às políticas anunciadas pelo primeiro-ministro, Aristides Gomes, mas também aos acordos existentes com os parceiros de desenvolvimento", acrescenta a carta assinada pelo director das Operações do Banco Mundial para a Guiné-Bissau, Madani Tall."Estamos decepcionados por não ter havido diálogo com o Banco Mundial apesar de estarmos a apoiar de maneira activa as reformas que o Governo está a instaurar", prossegue a carta.Uma missão de alto nível do Banco Mundial esteve em Bissau de 28 de Novembro a 1 de Dezembro com vista a encontrar soluções com o Governo.
Fonte: Pana

terça-feira, dezembro 05, 2006

O Grupo Santander (Totta) e Crédito Predial Português perdoam divídas a Guiné-Bissau



Bancos perdoam dívida a BissauO Grupo Santander (Totta) e o Crédito Predial Português(CPP) perdoaram uma dívida no montante de 22,3 milhões de dólares (17,1 5 milhões de euros) relacionada com duas empresas guineenses em fase de liquidação.O ministro das Finanças guineense, Vítor Mandinga, indicou que o acordo foi alcançado pelo governo guineense em Lisboa e abrange o Bando Internacional da Guiné-Bissau (BIGB), extinto em 1998, e os antigos Armazéns do Povo.Vítor Mandinga precisou que o acordo com o Grupo Santander e o CPP permitiu o perdão de uma dívida de 17,8 milhões de dólares (13,7 milhões de euros) no caso do BIGB, e de 4,5 milhões de dólares (3,5 milhões de euros) na situação que envolvia os Armazéns do Povo, montante que era devido ao antigo Totta. “O processo de liquidação das duas empresas (em curso há quase uma década) fica agora mais facilitado e agradecemos o gesto solidário e a boa vontade do Grupo Santander (Totta) e do CPP”, afirmou o ministro.-----------------------ExtintoTotta & AçoresO extinto Banco Totta & Açores, actualmente no Grupo Santander, manteve em Bissau uma sucursal até 2002, a única entidade bancária privada então em Bissau, altura em que abandonou o país, alegando a necessidade de reestruturação dos seus serviços.
Fonte: O primeiro de Janeiro

Guiné-Bissau encoraja criacao de ligacoes marítimas a Cabo-Verde



Governo da Guiné-Bissau encoraja criação de ligações marítimas a Cabo Verde [ 2006-12-05 ] Bissau, Guiné-Bissau, 05 Dez - O governo guineense garantiu segunda-feira que "tudo fará" para ajudar à criação de uma linha marítima que possa ligar a Guiné-Bissau e Cabo Verde, como forma de incentivar e dinamizar as trocas comerciais entre os dois países.A promessa foi feita pelo ministro da Economia guineense, Issufo Sanhá, que falava em Bissau para um grupo de empresários dos dois países reunidos no âmbito das Jornadas de Negócios e Investimentos.Promovidas pela Câmara do Comércio, Indústria e Agricultura (CCIA) guineense, as jornadas, as primeiras entre empresários dos dois países e que terminam quarta-feira, visam encontrar formas de parceria que possam incrementar as trocas comerciais entre a Guiné-Bissau e Cabo Verde.De acordo com o ministro da Economia guineense, a existência de uma linha regular de ligação marítima entre os dois países poderá facilitar qualquer iniciativa de aumento de trocas comerciais.Nesse sentido, prometeu "total ajuda" do governo para a materialização de qualquer iniciativa que possa facilitar a existência dessa ligação entre os dois países.Actualmente, existe um único meio de ligação entre a Guiné- Bissau e Cabo Verde, que é o voo semanal que os Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV) fazem aos sábados, via Dacar, Senegal.
Fonte: macauhub




Guiné-Bissau: Banco Mundial ameaça cancelar apoios
O Banco Mundial (BM) ameaçou cancelar os apoios e programas na Guiné-Bissau caso o governo de Aristides Gomes persista em actuar à margem da «transparência e da boa governação», factores exigidos para o desbloqueamento de fundos financeiros ao país.
A ameaça está contida numa carta, a que a agência Lusa teve hoje acesso, enviada a 21 de Novembro último aos ministros guineenses da Economia, Issufo Sanhá, e das Finanças, Vítor Mandinga, pelo director das Operações para a Guiné-Bissau do Banco Mundial, Madani Fall.
Se a suspensão se confirmar, a Guiné-Bissau ficará também sem os financiamentos do Banco Africano de Apoio ao Desenvolvimento (BAD) e do seu principal parceiro da cooperação, a União Europeia (UE), deixando ainda pendente o apoio orçamental de 10 milhões de dólares (7,7 milhões de euros) previsto para este ano, alerta-se no documento.
Fonte: Diário Digital / Lusa

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Empresa marroquina adquire única cervejeira da Guiné-Bissau

Bissau, Guiné-Bissau, 29 Nov - A empresa marroquina Africa Bottling Co. adquiriu a única cervejeira da Guiné-Bissau, a CICER, ao empresário português Cardoso e Cunha por 2 milhões de dólares, anunciou terça-feira em Bissau fonte da empresa.

Karim Omar, da empresa marroquina, disse à agência noticiosa portuguesa Lusa que as partes formalizaram a venda na presença do presidente da Guiné-Bissau, João Bernardo "Nino" Vieira.

O representante da empresa marroquina adiantou que os empresários do seu país estão a ser encorajados a investir na Guiné-Bissau não só pelas autoridades guineenses mas também pelo próprio rei Mohamed VI.

A empresa, que mudará do seu actual nome Companhia Industrial de Cervejas e Refrigerantes para Africa Bottling Co., passará a produzir refrigerantes, leite, iogurtes e gelados para crianças e água mineral devendo os novos produtos estar no mercado guineense no primeiro trimestre de 2007.

Fundada logo nos primeiros anos da independência da Guiné- Bissau, a CICER era das poucas unidades industriais a operar no país, com pouco mais de 90 trabalhadores locais.

Satisfeito com a resolução do problema da CICER, empresa que não operava desde 2001, data em que o empresário português decidiu sair do mercado guineense, o ministro do Comércio, Indústria e Artesanato, Pascoal Baticã, sublinhou a importância da reabilitação da unidade.

Para o ministro, o facto deve ser visto como "um balão de oxigénio" para e economia do país, mas também como a "melhor solução" para a CICER, lembrando que os trabalhadores que não forem absorvidos pelos novos donos da empresa, sobretudo os mais idosos, serão indemnizados. (macauhub)