terça-feira, agosto 25, 2009

Conferência de doadores em preparação mas sem data marcada



Bissau - O Governo da Guiné-Bissau e a Comunidade internacional continuam a afinar as estratégias com vista a realização de uma mesa-redonda de doadores para o financiamento de um conjunto de programas de reforma e relançamento do desenvolvimento do país.


Para analisar este assunto, o primeiro-ministro guineense, Carlos Gomes Júnior reuniu-se hoje, em audiência conjunta, com o representante especial da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e com o embaixador de Portugal na Guiné-Bissau.


Em declarações à imprensa, António Ricoca Freire explicou que a reunião com Carlos Gomes Júnior serviu para lhe transmitir as conclusões de um recente encontro do Grupo Internacional de Contacto para a Guiné-Bissau (GICGB) no qual foram debatidos aspectos preponderantes para mesa-redonda ou uma conferência de doadores, ainda sem data marcada.


O GICGB reúne-se regularmente em Bissau ou no estrangeiro e ultimamente tem debatido os aspectos que deverão marcar a mesa-redonda sobre a Guiné-Bissau, cuja data ainda não foi definida entre as autoridades guineenses e a comunidade internacional, sublinhou o embaixador de Portugal.


Em relação às expectativas da comunidade internacional e Portugal em particular sobre a próxima mesa-redonda, António Ricoca Freire disse que o que se pretende é ajudar a Guiné-Bissau a ganhar a estabilidade e relançar-se na senda do desenvolvimento.


A comunidade internacional pretende "ajudar o mais possível a Guiné-Bissau a preparar a cimeira ou mesa redonda de doadores para que ela seja de facto um sucesso e seja uma etapa decisiva para a estabilidade e desenvolvimento da Guiné-Bissau", defendeu Ricoca Freire.


Questionado sobre a importância real da realização de mais uma mesa-redonda, já que tantas outras iniciativas semelhantes tiveram lugar a favor da Guiné-Bissau nos últimos dez anos, sem resultados palpáveis, o diplomata português respondeu que vale sempre a pena.


"Eu acho que sim. Tenho a certeza que sim. E é exactamente por isso que temos que trabalhar todos juntos, sob a orientação da Guiné-Bissau, porque isto é um processo da Guiné-Bissau, das autoridades da Guiné-Bissau, mas estamos todos num processo de grande colaboração, de grande transparência visando uma boa preparação. Uma reunião desta natureza e nesta altura da vida politica, social e económica da Guiné-Bissau tem que ser bem preparada", destacou o diplomata português.


António Ricoca Freire disse ainda que Portugal acredita que "é desta" que a Guiné-Bissau vai relançar-se na via do desenvolvimento, após vários de turbulências politicas.


"Claro que sim, é por isso que o governo português e eu, enquanto embaixador de Portugal na Guiné-Bissau, estamos empenhados neste processo", de preparação da mesa-redonda de doadores, afirmou Ricoca Freire, salientando que o que se pretende é que a reunião traga propostas de soluções para os programas de reforma em curso e para o relançamento do desenvolvimento do país.

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