sexta-feira, fevereiro 08, 2013

FMI à beira de um "precipício de credibilidade


O Fundo Monetário Internacional (FMI) não concluiu no último dia de janeiro a fórmula para a revisão dos poderes de voto dos seus membros reclamada pelas economias emergentes. A revisão foi adiada por mais um ano, com o novo prazo em 31 de janeiro de 2014. O bloco de países que será mais afetado por esta revisão é a União Europeia, que tem resistido à mudança.
Este falhanço levou o diplomata brasileiro Paulo Nogueira Batista Jr., um dos diretores executivos do FMI que lidera o grupo de 11 países membros em que se integra o Brasil, a considerar que, ao fim de dois anos de negociações, o Fundo se aproxima de “um precipício de credibilidade” (credibility cliff, adaptando a expressão fiscal cliff norte-americana, o precipício orçamental que o governo federal dos EUA continua a arriscar).
O debate técnico tem-se centrado na escolha dos indicadores mais apropriados para determinar a repartição de votos. Confrontam-se duas posições: entre os que acham que o PIB medido em dólares (regularmente usado) e a “abertura” da economia ao comércio internacional devem ser elementos centrais da avaliação do peso de cada membro do FMI; e os que acham que o PIB em paridade de poder de compra (ppc) deve ser integrado como medida importante. Esta última medida favorece o peso de algumas grandes economias emergentes – por exemplo, a Índia é a 9ª economia mundial medida em PIB em dólares, mas é a 4ª se medida em PIB em ppc; o PIB da China é 48% do PIB dos EUA em dólares; mas é 71%, se avaliado em ppc.
Nem a União Europeia (UE), nem mesmo a zona euro, forma um único bloco no seio do FMI. Alemanha, França e Reino Unido têm um poder de voto individual, mas os restantes países membros da UE distribuem-se pelos mais diversos grupos, uns de países europeus, outros de países euroasiáticos, outros de países norte-americanos (a Irlanda pertence ao grupo do Canadá) ou latino-americanos (caso de Espanha). Portugal pertence ao grupo em que se inserem Itália, Grécia e Malta.
Entre os grandes países emergentes, apenas a China tem voto individual (representando 3,81%), face aos EUA (16,75%), ao Japão (6,23%), à Alemanha (5,81%), à França e ao Reino Unido (cada um com 4,29%). A China é hoje em dia, tanto em PIB em dólares como em ppc, a segunda maior economia do mundo. Brasil e Índia estão inseridos em grupos sub-regionais.

1 comentário:

Anónimo disse...

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