terça-feira, julho 27, 2010

Presidente da Comissão da União Africana destaca recuperação económica



Kampala - A economia de África registou no ano passado um crescimento de 1.6 porcento, estando previsto para este um aumento em 4.7 porcento. Segundo o presidente da Comissão da União Africana (UA), Jean Ping, o continente africano retomou a sua recuperação, noticia, nesta segunda-feira (26), o jornal moçambicano Notícias.

Falando na abertura da XV sessão da assembleia da União Africana (cimeira de chefes de Estado e de Governo da organização continental), Jean Ping indicou que 13 países membros registarão um crescimento de 6 a 11 porcento. De entre estes Estados conta-se o Uganda, com 7.9 porcento, e a Etiópia, com 11 porcento.

No entanto, para consolidarem esta tendência de crescimento os países africanos deverão tomar medidas como o aumento de investimentos em infra-estruturas, de forma a estimular a produção, reduzir dificuldades para a sua distribuição e promover o comércio entre os países africanos, informa o enviado do Notícias à cimeira da União Africana, reunida no Uganda.

A comissão da União Africana mobilizou, com o apoio do Banco Africano de Desenvolvimento (AfDB) 7.8 milhões de euros para viabilizar a visão continental do desenvolvimento de infra-estruturas até 2030. Neste âmbito, a Comissão Africana lançou no sábado o Programa de Desenvolvimento de Infra-Estruturas em África (PIDA) preparado em colaboração com o AfDB e a NEPAD.

Outra medida que os países africanos deverão tomar para consolidar o crescimento da economia, segundo Jean Ping, tem a ver com o melhoramento da segurança alimentar que continua a ser um elemento chave no quadro do Programa de Agricultura Global e Segurança Alimentar (GAFSP). Isto conduziria a que “nenhuma criança morra de fome em África a partir dos próximos cinco anos”. Para que isso aconteça, o G8 comprometeu-se a aumentar a sua ajuda em 22 biliões de dólares até 2012.

Perante os lideres africanos, reunidos em Munyonyo, Kampala, Jean Ping indicou que África está a ganhar uma importância estratégica e por isso a atrair a atenção de uma diversidade de parceiros que tem vindo a “bater as portas”, mostrando o seu interesse com cooperar com o continente com base numa parceria mutuamente vantajosa.



Fonte: Africa 21

Sem comentários: