terça-feira, junho 09, 2009

A Guine-Bissau esta desgovernavel





Desde a independencia em 1973, a Guine-Bissau nunca assistiu, apesar de todas as crises, uma situacao de desgovernabilidade, de descontrolo total, como esta que esta a enfrentar neste momento. Praticamente, pode-se afirmar que o Governo nao existe, alias todas as Instituicoes do Estado, comecando pela Presidencia da Republica:
O Presidente Interino pediu hoje um esclarecimento das circunstancias em que ocorreram a morte de Baciro Dabo e Helder Proenca. Se o Presidente, aunque interino, na qualidade de Chefe Supremo das Forcas Armadas e por sinal foi ele quem nomeou o CEMGFA interino, nao foi informado antecipadamente da existencia de um complo ou tentativa de golpe de estado, para que ele, nessa qualidade Comandante em Chefe das FA), actuasse em coordenacao com o Governo para abortar a tal tentativa, entao estamos perante um Presidente de Republica Fantasma. Que esta ai para figurar e nada mais. Entendemos os seus limites,enquanto Presidente Interino, mas precisamente para nao deixar o vazio Institucional e para manter a autoridade de Estado, ate ser eleito o novo Presidente, e que esta consubstanciado na Constituicao esta figura de Presidente Interino. Mas ao que assistimos, ou ele perdeu ou nunca teve o rumo do Pais. As coisas nunca estiveram sob o seu controle e nao tem autoridade sobre nenhuma Instituicao no Pais, nem sobre o Governo e muito menos sobre os militares.
O mesmo se pode dizer do Governo. Este esta referem dos militares, desde os acontecimentos do 2 de Marco. Os militares em vez de obdecerem ao poder politico, neste caso ao Governo, e precisamente o Governo que vem a reboque dos militares, numa obdiencia total e cega. Cadogo, ha muito que devia pedir a demissao do Governo, em bloco, ja que perdeu autoridade e rumo dos acontecimentos. A sua atitude nos casos recentes provam-no. Pior, Cadogo resolve permanecer em Lisboa, mesmo perante a gravidade da situacao que o Pais vive. Isso evidencia irresponsabilidade e insensatez ao mesmo tempo que lhe tira toda a autoridade moral e habilidade para governar.
E inconcibivel e ate inaceitavel que a Guine, se e que e verdade, esteve perante um golpe de estado abortado e que resultou na morte de um dos candidados as eleicoes presidenciais e um Deputado da Nacao, o chefe do Governo e o Ministro da Defesa ( imaginem Defesa) nao fazem questao de regressar, com urgencia, ao Pais para tomar as redeas dos acontecimentos. Em vez disso, Cadogo resolve ficar em Lisboa para tratamento medico!!!??? Esta atitude e sinal de, entre outras coisas, irresponsabilidade e falta de respeito pelos eleitores e pelo povo guineense. Um governante que abandona o seu povo numa altura dessas, de tragedia, nao tem moral para estar a frente desse mesmo povo.
Cadogo deu, muito cedo, sinais de ter atitudes covardes e inconsistentes e ser politicamente fraco e imaturo. Exemplos abundam por ai...
Esperamos pela sua explicacao quando decidir voltar a Guine.
walter

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