
Por Silvio Cascione SÃO PAULO (Reuters) - O fim da maior recessão em 70 anos nos Estados Unidos estimulou os investidores a correr mais riscos nesta quinta-feira, o que derrubou o dólar aos patamares do início da semana.
A moeda norte-americana caiu 1,37 por cento, para 1,731 real. Foi a maior queda diária em quase três meses.
Após quatro dias de volatilidade, o dólar ainda acumula alta de 0,99 por cento na semana, mas já se distanciou do nível de 1,75 real registrado na véspera.
Indicador mais aguardado da semana, o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA superou as expectativas e cresceu 3,5 por cento entre julho e setembro, segundo taxa anualizada, após ter registrado contração de 0,7 por cento no trimestre anterior.
O resultado ainda será confirmado por duas revisões, mas foi a senha para a disparada das bolsas de valores e a valorização de moedas emergentes em relação ao dólar.
O principal índice da Bovespa, que desabou 4,75 por cento na quarta-feira, subia mais de 6 por cento no final desta tarde. No exterior, o índice do dólar em relação às principais moedas caía 0,7 por cento e a cesta Reuters-Jefferies de commodities tinha alta de 2,1 por cento.
Nesta sessão, a gangorra pendeu para os investidores com posições vendidas na moeda norte-americana.
Nos mercados futuros de dólar e cupom cambial, os bancos são os principais agentes nessa ponta, com mais de 8 bilhões de dólares. No sentido inverso estão os estrangeiros, com cerca de 6 bilhões de dólares em posições compradas.
Apesar da volatilidade dos últimos dias, a perspectiva é de que o fluxo de dólares para o país continuará.
"Há condições para que a economia local continue ainda com ânimo bem grande, atraindo investidores não só à Bovespa, mas (também) de longo prazo", disse o gerente de câmbio de um banco nacional, que preferiu não ser identificado.
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