quarta-feira, setembro 17, 2014

Ebola pode gerar perdas de US$ 2 bi em países africanos, diz Bird


Em um novo relatório publicado nesta quarta-feira (17), o Banco Mundial alerta que a epidemia de ebola pode gerar, até 2015, perdas de quase US$ 2 bilhões (R$ 4,6 bilhões) nos três países africanos mais afetados pelo vírus e ter um efeito "catastrófico" nestas já frágeis economias.
O documento afirma que, se a epidemia não for contida em breve, o impacto econômico negativo no próximo ano pode ser oito vezes maior do que se ela for controlada.
"O principal custo dessa epidemia trágica está na perda de vidas e no sofrimento causado, mas nosso estudo mostra que, o quanto antes agirmos e conseguir reduzir os níveis de medo e incerteza, menor será o impacto econômico", disse Jim Yong Kim, presidente do Banco Mundial.
Segundo a instituição, as economias de Guiné, da Libéria e de Serra Leoa já terão uma perda de US$ 359 milhões (R$ 807,7 milhões) em 2014.
Se a epidemia seja contida, haveria uma perda de mais US$ 97 milhões em 2015. Caso contrário, esse impacto pode chegar a US$ 809 milhões.
Comportamento
A epidemia vem inflacionando os preços nestes países devido aos baixos estoques, à especulação e ao surto de compras de emergência feitas em meio ao pânico gerado pelo vírus.
O estudo ainda afirma que o maior impacto econômico não vem dos custos gerados para se lidar com a epidemia e as mortes causadas por elas, mas da mudança de comportamento criada pelo medo de contágio.
"Com o medo de se estar junto a outras pessoas, menos gente vai trabalhar, empresas fecham, há efeitos sobre o transporte de massa, e portos e aeroportos são fechados", afirma o banco.
A instituição ainda ainda destaca que em outras epidemias da década passada, como a de gripe aviária, as mudanças de comportamento responderam por entre 80% e 90% do impacto econômico.
O Banco Mundial enumera algumas ações que podem evitar este cenário trágico.
Além do envio de ajuda humanitária, seria necessário injetar dinheiro nestas economias, aumentar a capacidade dos sistemas de saúde destes países para monitorar, detectar e tratar pacientes com ebola e fazer triagens em aeroportos e portos para encorajar o comércio com os países afetados.
Vacina em teste
Até o momento, mais de 2,4 mil pessoas já morreram por causa da epidemia de ebola que afeta o leste da África.
Na terça-feira, seis profissionais de saúde desapareceram na Guiné depois de serem atacados. Pessoas atiraram pedras em sua direção enquanto eles tentavam conscientizar os moradores de uma vila.
Segundo correspondentes internacionais, já houve muitos incidentes do tipo porque várias pessoas se recusam a acreditar na existência do ebola.
Uma das principais esperanças de conter esta epidemia estão nos testes clínicos de uma vacina com 60 voluntários, que começaram nesta quarta-feira em Oxford, na Inglaterra.
A vacina contém apenas uma pequena parte do material genético do vírus e, portanto, não pode deixar os voluntários doentes.
Normalmente, um teste de uma vacina levaria anos para chegar a este estágio, mas a urgência criada pela epidemia fez com que este processo fosse acelerado. Ela está sendo desenvolvida pela empresa farmacêutica GlaxoSmithKline e pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos.
O estudo em Oxford determinará se a vacina gera uma boa resposta imunológica no organismo com poucos efeitos colaterais. Ela usa uma versão modificada de um vírus da gripe em macacos para carregar uma única proteína do ebola.
Já há um teste clínico em curso nos Estados Unidos, onde está sendo usada uma fórmula diferente para a vacina. Novos testes devem ser realizados na África no próximo mês.
Se os testes clínicos forem bem sucedidos, 10 mil doses da vacina devem estar disponíveis até o fim do ano.
Fonte: G1

quarta-feira, setembro 10, 2014

Ebola continua a devastar os países da África Ocidental


Impotência na Libéria, alívio relativo no Senegal: os países africanos atingidos pela epidemia de Ebola tentam desesperadamente frear o avanço incontrolável do vírus.
"Estamos aterrorizados. Os doentes chegam em grande número", declarou nesta quarta-feira Sophie Jan, uma porta-voz da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) na Libéria.
No centro anti-Ebola de Monróvia, os doentes continuam a chegar sem cessar, enquanto a Libéria é atualmente o país mais atingido pela epidemia.
Na terça-feira, o ministro da Defesa da Libéria, Brownie Samukai, declarou em discurso nas Nações Unidas que seu país "enfrenta uma séria ameaça a sua existência nacional". A doença agora "está se propagando como um incêndio fora de controle, devorando tudo em seu caminho", afirmou em tom de desespero.
A fim de coordenar sua ajuda aos países africanos atingidos pela epidemia, a Comissão Europeia organizará na segunda-feira uma reunião com especialistas e ministros. A Comissão anunciou na semana passada o desbloqueio de 140 milhões de euros para reforçar os serviços de saúde nos países afetados.
O surto, o pior desde a identificação desta febre hemorrágica em 1976, fez 2.296 mortos de um total de 4.293 casos registrados. Destes, 1.224 mortes foram na Libéria, de acordo com o último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) até 6 de setembro.
Quatro países do oeste africano lutam contra o vírus: Guiné, Serra Leoa, Libéria e Nigéria.
Em Serra Leoa, onde cerca de 500 pessoas morreram, espera-se um aumento do número de vítimas por ocasião de uma operação particularmente radical. As autoridades anunciaram um confinamento a domicílio de seis milhões de pessoas a partir de 19 de setembro por 72 horas.
"Nós prevemos um aumento de 5 a 20% do número de caso durante esta tentativa de romper o canal de transmissão", explicou Steven Ngaoja, que dirige o centro governamental anti-Ebola.
A epidemia também devasta a economia. A taxa de crescimento de Serra Leoa deverá passar de 11,3% a 7%.
O Banco Mundial também prevê um recuo da economia da Guiné, cujo crescimento deve passar de 4,5% a 3,5%.
Para o alívio das autoridades locais, o Senegal anunciou a cura do único caso confirmado de Ebola no país, um estudante guineense que foi tratado em um hospital da capital senegalesa.
O Senegal, depois de vários alarmes falsos, tornou-se o quinto país no final de agosto afetado pela epidemia, com a descoberta do caso do estudante que entrou no país pouco antes do fechamento das fronteiras com Guiné em 21 de agosto.
Medo da morte
Em Monróvia, a situação continua dramática nesta quarta-feira, confirmando que o vírus encontra terreno particularmente fértil em países com infra-estrutura de saúde debilitada.
Um paciente que mal se mantinha em pé teve seu acesso negado a um centro de tratamento, já superlotado de doentes.
"Eu vim para cuidar de mim, mas eles me disseram que não há mais espaço. Tenho dores de cabeça e febre. Vou para casa", disse à AFP, sob o olhar dos curiosos.
Perto dali, uma mulher suplica: "Senhor, ajude-nos a não acabar como este homem e dê força a ele para que possa chegar a sua casa".
Muitos na capital pedem o reforço das medidas preventivas. Essas chamadas têm aumentado desde o anúncio na segunda-feira pela OMS de que "vários milhares de novos casos de Ebola na Libéria são esperados nas próximas três semanas."
"Emmanuel, não saia de casa hoje. Não deixa ninguém entrar", pede a seu filho mais velho Kluboh Johnson, uma mulher de 45 anos de idade prestes a ir para o trabalho.
"Eu estou com medo. Não sei o que fazer. Será que vamos morrer?", pergunta.
A organização das Nações Unidas reconheceu na terça-feira que seria impraticável impedir a propagação do vírus em áreas onde ela "aumenta exponencialmente", como em Monrovia, e que é uma prioridade em primeira instância "reduzir a transmissão".
A fundação Bill e Melinda Gates anunciou nesta quarta-feira a doação de 50 milhões de dólares "para acelerar as operações de emergência".


Além disso, preocupados com o risco de contaminação, alguns pilotos da Air France, após comissários de bordo, se recusam a realizar voos em direção a países atingidos pela doença.
Fonte: Agence France-Presse

domingo, setembro 07, 2014

É tempo de agir para resolver o paradoxo dos pequenos estados insulares em desenvolvimento - Escrito por Carlos Lopes


Nasci em Canchungo, na região noroeste de Bissau. Uma bela paleta de uma paisagem verdejante atravessada por abundantes cursos de água, por uma floresta densa, grandes extensões de mangais, de ilhas virgens e um litoral onde uma riquíssima vida marinha abundante permanece gravada na minha memória. Hoje, as condições climáticas erráticas, a diminuição de precipitação, o aumento do nível do mar e outros fenómenos estão a mudar a paisagem, ameaçando a subsistência de pescadores e agricultores e pondo em causa o futuro de grande parte do meu país.

Com aproximadamente 80 pequenas ilhas que se estendem ao longo do litoral, a Guiné-Bissau é um dos seis pequenos estados insulares em desenvolvimento (PEID) em África, juntamente com Cabo Verde e São Tomé e Príncipe no Oceano Atlântico, e com as Ilhas Comoros, Maurícias e Seicheles no Oceano índico. A tendência tem sido a de subestimar os PEID africanos, quando são estes mesmos países que efectivamente “suportam” o custo global da gestão das alterações climáticas. Ainda que representando menos de 1% das emissões globais de carbono, os custos que os PEID suportam são extraordinariamente desproporcionais.
Habitualmente referidos como um grupo homogéneo, as realidades dos PEID africanos são, na verdade, bastante diferentes. A nível económico, Cabo Verde, Ilhas Maurícias e Seicheles encontram-se entre os países de rendimento médio, numa muito melhor posição relativamente às Ilhas Comoros, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, classificados como países menos desenvolvidos (PMD). Não obstante, todos partilham as mesmas vulnerabilidades aos choques externos, dada a forte dependência queregistam em termos de energia, importação de alimentos, a que se somam uma limitada diversificação das respectivas economias e grandes défices públicos e externos. Tendo em conta estes constrangimentos, de que forma poderão estes países combater eficazmente as alterações climáticas e mitigar os efeitos a elas associados?
As boas notícias são as de que os PEID africanos se encontram na linha da frente dos esforços para encontrar soluções inovadoras na resposta aos desafios trazidos pelas alterações climáticas, através de medidas para o aproveitamento e potencialização dos seus recursos marinhos e costeiros e de uma transição para soluções e tecnologias sustentáveis mais limpas e inteligentes. Por outras palavras: os PEID africanos são os pioneiros da denominada “Economia Azul”, conceito que está a transformar as alterações climáticas em oportunidades.
Abundam as histórias de sucesso:
• O projecto de energia eólica Cabeólica em Cabo Verde foi criado em 2009 com o efeito de reduzir os custos da importação de energia para o país. Hoje, os quatro parques eólicos geram 18% da produção de electricidade, fazendo de Cabo Verde líder mundial em energia eólica e um modelo de parceria público-privada.
• A plataforma fotovoltaica em La Feme, nas Maurícias, que começou a operar em Fevereiro de 2014, foi criada para responder à crescente demanda de energia. É esperada desta plataforma a produção de 24GW horas de energia limpa, poupando simultaneamente 15.000 toneladas de emissões de CO2 por ano.
• O sector da aquicultura está a despontar nas Seicheles, com o apoio financeiro do Governo por forma a incrementar a produção de atum, 70% do qual é exportado.
As Seicheles estão também a promover o turismo industrial e arqueológico-marinho, nichos novos e amigos do ambiente. Em Junho de 2013, o país lançou o seu primeiro parque eólico em terreno recuperado em Port Victoria, fornecendo, actualmente, electricidade a mais de 2100 lares e poupando 1.6 milhões de litros de combustível por ano. Este projecto, implementado em colaboração com os Emirados Árabes Unidos, constitui um exemplo de parceria Sul-Sul.
Assim como celebramos estas histórias de sucesso, necessitamos, da mesma forma, de redobrar esforços para ajudar os PEID africanos e os restantes 52 pequenos estados insulares em desenvolvimento espalhados pelo mundo a manter o seu combate contra as alterações climáticas, a construir as suas capacidades de adaptação e a promover o uso, quer dos novos, quer dos já existentes conhecimentos e inovações. No meio de um cenário de desenvolvimento em rápida transformação, os PEID africanos precisam de encontrar novas formas de galvanizar o seu impulso para a “Economia Azul” através, inclusivamente, da exploração dos mercados financeiros africanos.
No momento da vossa leitura estarei em Apia, Samoa, a participar na Terceira Conferência Internacional dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento. Tenciono partilhar as histórias dos PEID africanos e defender um apoio internacional de alto nível que apoie os seus esforços. Estarei também activamente empenhado num diálogo de alto nível, que decorrerá paralelamente à Conferência sobre o Clima no início de Setembro em Nova Iorque, onde planeamos ajudar os PEID africanos a transformar as suas preocupações particulares em posições robustas para a sua participação nas negociações sobre as alterações climáticas que decorrerão em Lima, Dezembro próximo.
Não nos deixemos enganar: as ameaças das alterações climáticas são taxativamente reais para os PEID. Tuvalu, um pequeno país, atol de corais, no Pacífico, pode desaparecer numa questão de décadas se não forem adoptadas medidas urgentes para conter o aumento do nível do mar; um grande número das 115 ilhas das Seicheles aguardam pelo mesmo destino, bem como um número incontável de outras pequenas ilhas em torno de África e noutros lugares.
As oportunidades perdidas apontam para uma espiral descendente de pobreza, doenças e múltiplas vulnerabilidades. Os pescadores, agricultores e pastores africanos não podem permanecer impassíveis, enquanto os impactos das alterações climáticas continuam a roubar os seus sonhos e a erodir a sua confiança, valores e meios de subsistência – eles aguardam ansiosamente por soluções concretas. Um estudo recente da UNICEF prevê que, no virar do século, quase metade da população infantil no Mundo, menor de 18 anos, será africana e um grande número desta mesma população viverá em pequenos estados insulares em desenvolvimento. É tempo de agir para moldar as vidas das gerações presentes e futuras.

Escrito por Carlos Lopes

sábado, setembro 06, 2014

Bancos nigerianos na lista de mil melhores do mundo


Treze bancos nigerianos estão na lista de mil melhores bancos do mundo, confirmando assim a supremacia da Nigéria no setor financeiro em África, segundo o The Banker Magazine do Grupo Financial Times na sua edição de 2014.
Esta publicação coincide com a retomada do setor bancário global com 920 biliões de dólares americanos de rendimento, pela primeira vez desde o início da crise financeira mundial, um dado superior de 23 porcento ao precedente recorde de 2007, ou seja 786 biliões de dólares amerianos, antes da crise.
A classificação sublinha a "posição de número um" da Nigéria no continente pois nenhum outro país africano ocupa 13 lugares neste ranking.
Os bancos nigerianos elogiados são o Zenith Bank, o Guaranty Trust Bank, o First Bank, o Access Bank, o United Bank for Africa (UBA), o Fidelity Bank e o Ecobank Nigeria, bem como o Skye Bank, o First City Monument Bank, o Diamond Bank, o Stanbic IBTC Holdings, o Standard Chartered Bank Nigeria e o Union Bank of Nigeria.
No total, África tem 31 bancos na lista dos mil melhores bancos em 2014 equivalentes a nove países africanos presentes nesta classificação, designadamente a Nigéria, a África do Sul, o Egito, Angola, o Gabão, a Quénia, as ilhas Maurícias, Marrocos e o Togo.
Fonte: @Verdade

Angola assume presidência dos ministros africanos das Finanças


Luanda - Angola assume, a partir de hoje (sexta-feira), a presidência dos Ministros das Finanças da África Austral e oriental "ESAAMALG", em substituição da República da Namíbia, que liderou o grupo regional durante um ano de 2013 a 2014.

Na cerimónia, que contou com a participação de 60 membros, o actual presidente da organização, o ministro angolano da Finanças, Armando Manuel, reconheceu o desempenho da sua antecessora Saara Kuugongelwa, ministra da Economia da República da Namíbia.
Na abertura da 14ª reunião do Conselho de Ministros da organização, que junta 17 Estados da parte Austral e Oriental, Armando Manuel disse aos presentes que Angola vai continuar a trabalhar, desenvolver e melhorar as medidas que visam o combate de branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo.
Segundo o presidente do grupo, a participação e colaboração activa dos países membros do grupo é indispensável para Angola liderar, com sucesso, a organização e capacitar a região no combate ao branqueamento de capitais.
“Existem muitos prejuízos na região que são causados por branqueamento de capitais, a proliferação das actividades criminais geram proventos de crimes, que afectam oportunidades de investimentos passíveis de contribuir para o crescimento das economias dos países”, disse.
Disse que as economias da maioria dos países membros da região têm demonstrado grandes progressos, ao superarem as deficiências identificadas nas avaliações mútuas.
Considerou satisfatória a aprovação de leis anti-branqueamentos de capitais dos países membros, que por sua vez estão a desenvolver processos para a sua implementação.
Na cerimónia, felicitou Uganda por ter aprovado a sua lei de branqueamento de capitais, homologada pelo Presidente da República, em Outubro de 2013, e por ter dado o inicio da implementação da lei através de estabelecimento da sua unidade de inteligência financeira.
Sem mencionar, Armando Manuel disse que existem ainda países da região que não demonstraram algum progresso sobre o assunto (Branqueamento de capitais), embora têm cooperado satisfatoriamente com a organização para ultrapassarem as suas deficiências.
De acordo com o ministro das Finanças, a luta bem sucedida contra o branqueamento de capitais minimiza os danos que são causados por infracções.
“Os prejuízos do branqueamento de capitais não escolhem idade da pessoa, sexo, nem países mas rico ou mais pobre”, considerou.
Para o interlocutor, os países membro da organização (ESAAMLG) têm o dever de apoiar os governos da região em combater com êxito o terrorismo através da prevenção do financiamento na actividade dos terroristas.
Segundo o responsável, a presidência de Angola vai procurar desempenhar e incentivar os países membros em desenvolverem estruturas legais e mecanismos, para cumprir com as resoluções do Conselho de Segurança das nações Unidas, sobre a prevenção, supressão e interrupção da proliferação de armas de destruição em massa e o seu financiamento.
Angola vai presidir à organização durante 12 meses. A organização foi criada em Agosto de 1999.
Fonte: ANGOP

domingo, agosto 31, 2014

Cabo submarino estará pronto no final de 2016

Ligação entre Fortaleza e a cidade de Luanda, na Angola, através de cabo de fibra óptica tem investimento previsto de US$ 160 milhões. Licença está prevista para ser liberada em 
Antônio Nunes, presidente da Angola Cables, afirmou que projeto já foi aceito pelos dois governos

O cabo de fibra óptica submarino, que ligará Fortaleza a cidade de Luanda (Angola), estará em funcionamento no final de 2016 e tem um investimento de US$ 160 milhões, segundo o presidente da Angola Cables, António Nunes. “Estamos em um processo de obtenção de licença junto à Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), portanto, o processo está em andamento”, acrescenta.

A expectativa de Nunes é que a autorização da Anatel, que foi pedida há um mês, saia ainda em setembro, para que a empresa Angola Cables Brasil seja constituída, em parceria com uma companhia brasileira ligada à área de telecomunicações, ficando a empresa angolana com a maior participação na parceria, com 76%. A licença junto à Anatel é necessária porque Angola Cables irá constituir uma nova operadora. O nome da companhia brasileira não foi revelado.
 
A Angola Cables chegou a cogitar parceria com a Telebras. Porém "as negociações esfriaram porque a empresa brasileira estava focada apenas na Copa do Mundo, mas é claro que as portas ainda estão abertas para a retomada do diálogo", acrescenta. Parceria com a Oi também foi analisada, mas também foi descartada.

Intitulado de South Atlantic Cable System (Sacs), o cabo terá 6 mil km e terá capacidade de 40 terabytes por segundo, sendo comercializado para outras operadoras brasileiras. “Já teve procura e passa sim pelas principais operadoras que atuam no Ceará, mas ainda é muito prematuro dizer quem são”.

Segundo Nunes, Fortaleza vai se fortalecer como centro de conectividade, podendo melhorar sua telecomunicação e banda larga com países da África e da Europa também. Ele acrescenta que não houve nenhuma contrapartida do governo brasileiro.

“O projeto já foi aceito pelos dois governos, a única coisa que precisa acontecer são os trâmites normais de processos administrativos”, ressalta. Negociações com o governo do Ceará ainda não foram realizadas.

Fortaleza
O prefeito Roberto Cláudio não foi à abertura do Fórum, porém, em entrevista ao portal do Instituto, disse que a saída por Angola nos dará uma conexão direta com os países africanos e, consequentemente, com a Ásia.

“Atualmente temos que dar a volta por uma conexão que temos com a Espanha para chegarmos até esses continentes. Um link internacional irá fomentar uma maior concorrência e podendo levar a uma baixa no preço da conectividade”. (Colaborou Flávia Oliveira, especial para O POVO
)

Investigadora defende criação de comissões de verdade sobre questão colonial

A investigadora Maria Paula Meneses defendeu hoje a criação de comissões de verdade e reconciliação que abordem a questão colonial, assim como a criação de um projeto de interconhecimento dinamizado pela comunidade dos países lusófonos.

"É necessário compreender o impacto colonial e as violências que a história esconde", defendeu Maria Paula Meneses, investigadora da Universidade de Coimbra, considerando que "as raízes dos problemas atuais são em parte resultado de conflitualidades do passado".
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A História "é uma questão muito sensível", mas seria importante abordar "a relação colonial, que foi um momento de violência brutal", sublinhou.
"Houve ali intervenções profundas que marcaram o continente", frisou Maria Paula Meneses, que é também uma das organizadoras do Congresso Ibérico de Estudos Africanos, que terá lugar em Coimbra, entre 11 e 13 de setembro, e que pretende ajudar "a desempacotar a história e a compreender" os processos de transição.
A 9.ª edição do congresso, com o tema "África Hoje", tem como objetivo encontrar "outros olhares e versões sobre África", um "continente muito complexo e não homogéneo".
Face à necessidade de diferentes olhares sobre África, a investigadora recorda que ainda é necessária "uma descolonização mental", apontando para narrativas diferentes: "em Portugal, fala-se em guerra colonial, em África fala-se de luta de libertação. A narrativa não coincide".
"É necessário criar um espaço e tempo comum", disse à agência Lusa Maria Paula Meneses, defendendo a criação de um projeto educativo por parte da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) que "combata estereótipos".
A CPLP, apesar de muito ativa, "está muito cingida a projetos políticos e deveria haver uma tradução mais efetiva de interconhecimento, porque o olhar colonial passa pelos manuais de história, de português, de filosofia", construindo-se "uma ideia colonial sobre África, como se fosse toda homogénea".
Segundo a investigadora, "há muito para fazer no campo do conhecimento. Temos que saber o que nos une e o que nos separa, porque de outra forma não se consegue criar uma base comum de entendimento", realçou.
O Congresso de Estudos Ibéricos, que se vai realizar na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, pretende debater "o que aconteceu nos últimos 40 anos" em África, através de temas como os desafios económicos, a violência, a organização política, os recursos naturais ou os desafios na saúde.
O evento conta com a presença de Lídia Brito, ex-ministra de Moçambique e membro da UNESCO, Carlos Cardoso, investigador da Guiné Bissau e membro do Conselho para o Desenvolvimento das Ciências Sociais em África (CODESRIA), o escritor cabo-verdiano José Hopffer Almada, a são-tomense Inocência Mata, docente na Universidade de Lisboa e o economista angolano Manuel Ennes Ferreira, entre outros oradores.
 Fonte: Noticias ao MInuto

Epidemia de ebola já afeta economia da África Ocidental

Voos cancelados, fronteiras fechadas: medo do vírus muda a rotina na Libéria, na Guiné e em Serra Leoa – e atinge em cheio economia dos países mais afetados pela doença.
Desde que a Libéria registrou o primeiro caso de contaminação pelo vírus ebola, em março passado, a rotina da população local mudou. "O ebola está atrapalhando a nossa vida", reclama Caesar Morris, proprietário do cyber café I-Café, na capital Monróvia. "Desde que o governo apertou as medidas de segurança, ninguém pode mais andar livremente por aqui", lamenta o comerciante.
Houve mudanças até mesmo dentro de seu estabelecimento. Antes de passarem pela porta, os clientes precisam pisar num pano encharcado com cloro. Depois, têm que lavar bem as mãos numa pia para, só então, poderem entrar no I-Café.
As novas regras – que valem para todos os estabelecimentos – estão reduzindo o número de clientes, diz Morris, que ainda têm que gastar mais com desinfetantes. Mas a desconfiança e o medo da população são os maiores vilões dos negócios nos últimos meses. "As pessoas não querem mais chegar nem perto uma das outras. Nem apertar a mão", diz o empresário.
Para ele, há uma explicação bem simples para o seu negócio continuar de portas abertas: "as pessoas precisam do meu serviço de internet". Já outros setores que oferecem itens não tão "essenciais", especialmente os que têm contato direto com o público, estão sofrendo mais com as consequências da epidemia.
Fronteiras fechadas
Os primeiros casos de ebola foram registrados na Guiné, em março passado. Em seguida, a presença do vírus também foi confirmada nas vizinhas Libéria e Serra Leoa. A doença tem um alto índice de fatalidade – segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), ao menos 932 pessoas já morreram com o vírus. Mais de 1.700 foram infectadas.
Há pouco tempo, a Nigéria também foi atingida. No fim de julho, um liberiano morreu na cidade nigeriana de Lagos após chegar de um voo de Monróvia. O episódio fez com que as companhias aéreas africanas Arik e Asky decidissem suspender os voos para a Libéria e Serra Leoa.
"As pessoas estão com medo de viajar agora, quando se fala de uma doença tão perigosa", afirma Michel Balam, funcionário da Asky em Conacri, capital da Guiné. Por isso, diz ele, a empresa têm tido menos passageiros desde o início do ano, quando a primeira suspeita de contaminação por ebola foi divulgada.
As companhias aéreas internacionais Emirates e British Airlines também divulgaram que, até o fim de agosto, os voos para os países atingidos pelo vírus serão cancelados. Elas explicaram que a prioridade no momento é zelar pela segurança dos passageiros e de seu pessoal em terra e no ar.
Grandes perdas
A suspensão dos voos deverá gerar grandes perdas econômicas para os países do oeste africano, avalia Nelson Agbagbeola, da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Ecowas, sigla em inglês). Segundo ele, o isolamento dos países onde os casos estão concentrados, assim como o fim do comércio entre vizinhos, também devem contribuir para isso.
A fim de evitar a disseminação do ebola para os países vizinhos, as fronteiras da Libéria e de Serra Leoa foram fechadas. "Nenhum produto agrícola da Guiné pode mais ser importado. Com isso, em Serra Leoa, os preços já subiram muito", diz Agbagbeola.
A luta contra a epidemia é prioridade máxima nos três países afetados pelo ebola. Os países vizinhos também estão engajados. Em julho, a Ecowas, com sede na capital nigeriana, Abuja, criou um fundo para ajudar os Estados a reduzirem os efeitos da epidemia em suas economias. A Nigéria depositou 3,5 milhões de dólares neste fundo. O Banco Mundial, mais 200 milhões de dólares.
Fonte: DW

Confusão mantém turistas com medo do ebola longe da África

Reservas de voos para a África subsaariana podem cair até 50 por cento nos próximos quatro meses

Sarah McGregor e Tshepiso Mokhema, da 
Afolabi Sotunde/Reuters
Homem tem a temperatura aferida em termômetro digital por prevenção contra o vírus ebola no aeroporto internacional de Abuja, na Nigéria
Homem tem a temperatura aferida em termômetro digital por prevenção contra o vírus ebola no aeroporto internacional de Abuja, na Nigéria
Nairóbi/Johannesburgo - Quando a turista canadense Shauna Magill publicou no Facebook que chegou sã e salva em Uganda, um amigo a advertiu que tivesse cuidado com “uma coisa chamada ebola”.
Outro amigo respondeu ao comentário com um link para o Google Maps que mostrava que a capital da Uganda, Kampala, e a Nigéria, o país mais próximo afetado pela epidemia de ebola na África Ocidental, estão separados por 4.900 quilômetros.
A distância é quase a mesma que a largura da porção continental dos EUA.
Percepções equivocadas sobre a geografia da África implicam que Magill está se tornando uma exceção entre o crescente número de turistas que cancelam viagens ao continente enquanto os profissionais de saúde lutam para combater o pior surto de ebola já registrado.
Companhias aéreas suspenderam rotas para Libéria, Serra Leoa e Guiné, os países que estão no epicentro da doença.
Reservas de voos para a África subsaariana podem cair até 50 por cento nos próximos quatro meses, de acordo com a empresa de pesquisa de mercado Euromonitor International.
Isso frearia o setor de turismo que, segundo o Banco Mundial, cresceu no ritmo mais acelerado internacionalmente durante os três últimos anos.
“Muitos turistas veem a África como um único e enorme país”, disse Paz Casal, analista de pesquisa em turismo e viagens da Euromonitor, no dia 26 de agosto.
“O ebola pode prejudicar a recuperação da economia africana ao reavivar estereótipos negativos do continente como um lugar de doença, fome e pobreza”.
Milhares infectados
O ebola matou 1.552 pessoas dos 3.069 casos registrados desde dezembro. A doença pode eliminar até 1,5 ponto porcentual do crescimento nas economias mais afetadas, de acordo com Donald Kaberuka, presidente do Banco Africano de Desenvolvimento.
Outro surto matou até 13 pessoas na República Democrática do Congo, onde a doença viral foi descoberta em 1976.
As tentativas dos governos africanos de aumentar a vigilância sanitária nos aeroportos não impediram que operadoras como a British Airways e a Kenya Airways suspendessem voos aos países afetados pelo ebola, enquanto a Korean Air Lines adiou neste mês sua rota ao Quênia, a três fusos horários de distância, devido ao risco de a infecção se espalhar lá através dos serviços provenientes da África Ocidental.
‘Sob controle’
“Desde que haja rastreios eficientes e tratamento imediato dos pacientes nas alas de isolamento, a situação estará sob controle”, disse Jake Grieves-Cook, porta-voz da Federação de Turismo do Quênia.
“Os números são muito baixos se comparados às mortes por malária, AIDS e influenza em todo o mundo, que não geram esse nível de pânico”.
A malária, uma doença evitável e curável, mata em média uma criança por minuto na África, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.
No dia 8 de agosto, a OMS declarou que a epidemia de ebola na África Oriental é uma emergência de saúde pública. A organização diz que o risco de que o ebola se espalhe por viagens aéreas é baixo.
‘Impacto direto’
Além de não conhecerem a geografia da África, o maior continente em termos de massa de terra e população depois da Ásia, a preocupação dos turistas é que os governos depauperados não consigam conter o contágio, disse Thulani Nzima, CEO da agência nacional de turismo da África do Sul, em entrevista por telefone.
Grupos de turistas asiáticos estão entre os que cancelam as viagens por causa da doença, disse ele, sem dar mais detalhes.
Os países afetados pelo ebola representam menos de 0,5 por cento do total de viagens internacionais para a África, silenciando o “impacto direto” da epidemia sobre o turismo, disse Sandra Carvão, diretora de comunicação da Organização Mundial do Turismo, em resposta a perguntas enviadas por e-mail.
Aventura de 8.000 dólares canadenses
Após saber sobre a epidemia de ebola, poucas semanas antes da sua viagem deste mês, Magill chegou a pensar em cancelar suas férias aventureiras pela África Oriental, que incluirão fazer rafting por águas claras e ver gorilas no habitat natural.
Há dois anos ela vinha planejando a viagem, que custará 8.000 dólares canadenses (US$ 7.366), o que quase equivale a oito meses de aluguel.
“Fiquei na dúvida sobre se viajar por causa da forma em que os meios de comunicação do Canadá mostraram a epidemia na África Ocidental; não explicavam que o resto do continente é seguro e que não foi afetado pelo vírus”, disse Magill, 30, gestora de deficiências em Calgary, Alberta, em resposta a perguntas enviadas por e-mail.

terça-feira, junho 10, 2014

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Guiné-Bissau vai exportar 40 mil toneladas de caju

De acordo com o director-geral do Ministério do Comércio da Guiné-Bissau, Jaimantino Có, existem cerca de 40 mil toneladas de castanha de caju, guardadas em armazém em Bissau, prontas para exportação.
O primeiro carregamento, com cerca de 3 mil toneladas, já está em curso, e um outro navio é esperado no porto de Bissau para carregar 9,5 mil toneladas de caju e, no dia 13 de Junho, uma outra embarcação atracará para levar 13 mil toneladas.
Fonte: A Bola